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A doação de órgãos e tecidos é considerada um dos maiores atos de amor ao próximo, uma vez que uma pessoa é capaz de salvar várias vidas através do transplante. O procedimento pode ser realizado em vida ou após a morte, basta apenas dar o primeiro passo e manifestar o interesse em contribuir para que cada vez mais pacientes que esperam por um transplante tenham a possibilidade de voltar a desfrutar de uma vida confortável.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em setembro de 2021 havia 53.218 pessoas na espera por um transplante no Brasil. Desse total, mais de 30 mil estavam na lista de espera por um rim. A pandemia de Covid-19 contribuiu para o aumento desse quadro, não só pelo menor número de pessoas dispostas a fazer a doação, como também porque os transplantes são vetados quando o doador está contaminado pelo Coronavírus.
Para mudar este cenário, é fundamental intensificar a abordagem dessa temática, sobretudo nas escolas e universidades, além de desfazer mitos que circulam entre a população e criam uma barreira para encontrar potenciais doadores. Segundo informações da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), de cada oito potenciais doadores, apenas um é notificado. Enquanto em países como Espanha, que é referência no número de transplantes, são registrados cerca de 40 doadores por milhão.
No Brasil, essa taxa ainda não alcançou 20 doadores para cada milhão da população. Para mudar este cenário e oferecer mais conforto às pessoas que estão na fila de espera por um transplante, é fundamental reforçar as campanhas de conscientização sobre a importância da doação para salvar vidas.
A primeira iniciativa para ser um doador (a) é bem simples, basta comunicar a intenção à família, uma vez que são os parentes que, após a morte, autorizam a doação. O procedimento pode ocorrer após a constatação de morte encefálica, que é a interrupção irreversível das funções cerebrais, ou em vida.
Para ser um doador em vida, é preciso ter mais de 21 anos e apresentar boas condições de saúde. A doação é autorizada apenas se o transplante não comprometer as aptidões vitais. Acesse o site da Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (Adote), se cadastre e faça o download do cartão de doador.